A Câmara de Loulé voltou a celebrar as efemérides ambientais Dia Internacional das Florestas (21 de março) e Dia Mundial da Água (22 de março), através da dinamização de um programa comemorativo, enquadrado na política local de ação climática e salvaguarda ambiental que tem vindo a prosseguir nos últimos anos.
A entrega gratuita à população de 4000 exemplares de várias espécies arbóreas, como o sobreiro, azinheira, zambujeiro, romãzeira, carvalho-português, e arbustivas, entre as quais a lavanda ou o alecrim, decorreu este ano no Mercado Municipal de Loulé.
As empresas municipais do concelho associaram-se a estas atividades e, em Quarteira, os alunos da Escola Dr.ª Laura Aires passaram a manhã desta segunda-feira numa ação de sensibilização, coordenada pelas Espaços Verdes da Inframoura, alertando os jovens para a importância da estrutura verde de Vilamoura no combate às alterações climáticas. Também a equipa de paisagismo e jardinagem da Infraquinta convidou os colaboradores da empresa a juntarem-se à celebração deste dia, com a plantação de 15 pinheiros junto À Avenida André Jordan. O auditório da Infralobo recebeu um seminário relacionado com a temática da biodiversidade na área de Vale do Lobo e direcionado aos colaboradores, apresentado por Ricardo Quinto-Canas da Universidade do Algarve. Esta empresa municipal distribuiu também pelos seus clientes 2500 árvores para serem plantadas.
Recorde-se que, a Câmara Municipal de Loulé tem tido um intenso papel em matéria das Florestas, seja com a realização de ações de plantação junto da comunidade e nas escolas, ou com a oferta de espécies arbóreas e arbustivas à população, mas também com projetos estruturantes para o setor. É o caso da elaboração da Agenda de Sustentabilidade “Floresta, Biodiversidade e Desenvolvimento Rural” que prevê na sua génese a avaliação, mapeamento e valorização dos serviços dos ecossistemas; do Plano de Reabilitação da Infraestrutura Verde; do Projeto de Valorização da Floresta Mediterrânica; do acesso ao PERLA - Programa Estratégico de Recuperação de Linhas de Água; ou do Pacto para um Sistema Alimentar Sustentável e a Patrimonialização do Pomar Tradicional de Sequeiro.
Estava igualmente prevista para o dia 22 de março uma ação de plantação de árvores junto à Ribeira da Tôr, assim como, para o dia 23, a apresentação dos trabalhos realizados no âmbito do Programa Condomínio de Aldeia, mas, devido às condições climatéricas adversas dos últimos dias, estas ações foram adiadas para o próximo mês de abril.
Para além das Florestas, outra matéria emergente na política municipal de Loulé são as questões relacionadas com a Água, nomeadamente os impactos resultantes da escassez hídrica, situações que atualmente já se manifesta no território municipal. Consciente da pertinência desta problemática, o Município de Loulé aderiu no Dia Mundial da Água ao movimento “H2Off - HORA DE FECHAR A TORNEIRA!”, iniciativa promovida pela APDA (Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas), e que visa estimular a reflexão sobre o uso que se faz da água, consciencializando para que o consumo deste recurso seja mais eficiente e equilibrado. O consistiu em fechar a torneira por uma hora, sem qualquer consumo de água, entre as 22h00 e as 23h00 do dia 22 de março, num gesto deliberado e consciente (suspendendo por exemplo a rega, o funcionamento das fontes decorativas, a utilização de torneiras e duches, lavagens, etc.).
A Autarquia convida todos a visitar a página da campanha “Aqui cuidamos da Água” http://aquicuidamosdaagua.pt/ , que foi também materializada em exposição, patente ao público no Mercado Municipal a partir desta terça-feira, e visa destacar formas de como individualmente podemos poupar este recurso. O produto desta exposição resulta da colaboração com a Loulé Concelho Global e posteriormente irá tramitar para escolas e outros edifícios/locais públicos.
A sustentabilidade hídrica é mais um dos setores em que o Município de Loulé tem tido um trabalho relevante e por isso muitos outros projetos e iniciativas encontram-se em curso para uma gestão sustentável deste recurso, sempre com o objetivo do desenvolvimento de um modelo de governança local que integre os diferentes agentes responsáveis pela gestão da água e que pretende incluir o cidadão como indutor de transformação, porque todas as ações individuais contam.